quarta-feira, 26 de junho de 2013

VITAMINA D, beta-AMILÓIDE e ALZHEIMER (via NGF)

Em matéria postada 27/10/2010 já havíamos comentado sobre os novos papéis biológicos descobertos para a vitamina D. As principais descobertas são no campo da regeneração nervosa:
  • Vitamina "D" estimula a proteína calcium binding protein (CaBP), da família "S-100B",
  • Proteínas "S-100B" estimulam liberação de NGF no cérebro,
  • NGF é, provavelmente, o principal agente da regeneração nervosa,
  • Regeneração nervosa que se dá na árvore neuronal, axônios e glia,
  • Para finalizar, está demonstrado que aumento repentino de proteínas S-100B é indicador de LESÕES CEREBRAIS, inclusive provenientes de trauma.
  • Os links para essas pesquisas são 1, 2, 3, 4 e 5 (todos os links no final).
Porém, fui surpreendido com a publicação de Darsun, Gezen & Yilmazer no Journal of Alzheimer Disease (link 6), que estabelece uma perspectiva totalmente inovadora para o tratamento do mal de Alzheimer, considerando a gravidade da expansão b-amilóide, uma degeneração progressiva que substitui proteína sadia por proteína glicada e sem função. A pesquisa foi realizada com células em cultura.
Os efeitos do peptídeo b-amilóide incluem danos à membrana de neurônios, quebra da homeostase do cálcio e alterações nos fatores neurotróficos. Surpresa também para os autores da pesquisa, que concluíram haver efeitos muito danosos ao cérebro pela toxicidade do peptídeo b-amilóide, que promove neurodegeneração desregulando os canais de cálcio 1C e os níveis do NGF. E o pior, ainda bloqueiam os receptores (VDR) de Vitamina D!

Os autores relatam que a administração de vitamina D às culturas protegeu os neurônios neutralizando a citotoxicidade e apoptose, diminuindo o descontrole nos canais de cálcio e elevando a resposta dos receptores VDR. Cumulativamente, a vitamina D estabilizou a expressão do NGF (super expressão responsiva ao b-amilóide gera apoptose).

Como se não bastasse, outra equipe (link 7), simultaneamente, concluiu que o déficit de vitamina D intensifica o déficit cognitivo e aprendizado em modelos animais de Alzheimer.
Outros artigos corroboram a importância dessa vitamina (hormônio?) no mal de Alzheimer - vão aqui mais links interessantes sobre a matéria (8, 9 e 10 --> Oxford!).

Outra pesquisa super importante foi publicada também este ano (janeiro, link 11) onde os cientistas verificaram que o peptídeo b-amilóide tem uma atração inicial (fatal?!) pelos neurônios gabaérgicos sensíveis a calretinina, uma calcium binding protein da família S-100B. Esses neurônios estão localizados no hipocampo e são fundamentais na sincronicidade cognitiva. Portanto, vale relembrar que sendo uma proteína da família S-100B a calretinina também é dependente dos teores de vitamina D no cérebro, como falávamos no início, e o déficit da vitamina mostra, assim, estar mais interligado do que nunca à evolução do mal de Alzheimer.

Mas, antes que a empolgação nos tome de assalto e possamos achar que a cura para o mal de Alzheimer esteja definida, é preciso analisar que déficits localizados e específicos de nutrientes dificilmente podem ser resolvidos por administração oral. Normalmente, quando ocorrem essas situações, os defeitos são nos sistemas de absorção, transporte e admissão nos tecidos alvo. Diversas proteínas estão envolvidas (só na família S-100B são dezenas!) e a síntese delas controladas por genes que possuem fatores intermediários de estimulação. 

Assim, o que podemos concluir é que a vitamina D é, sem dúvida, fundamental no cérebro, na regeneração de tecido nervoso especializado e na liberação de fatores neurotróficos, como o NGF. Níveis mais elevados de suplementação já estão sendo praticados - da ordem de 2000ui/dia - mas estudos que definam a vitamina como agente terapêutico  precisam ser ampliados.

Abraços aos amigos e ex-alunos.

links:
  1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2587429/pdf/nihms-58955.pdf
  2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17073646 
  3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16716992 
  4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15284555 
  5. http://www.reference-global.com/doi/abs/10.1515/CCLM.2001.050?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%3dpubmed
  6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20966550
  7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20964554 
  8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20601349
  9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19940273
  10. http://biomedgerontology.oxfordjournals.org/content/64A/8/888.abstract
  11. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20413859

 

terça-feira, 25 de junho de 2013

MAL DE ALZHEIMER E IODO
 
FONTE:AMIGOS DA CURA
 
 
No mal de Alzheimer as evidências fisiopatológicas apontam para um defeito da fosforilação oxidativa mitocondrial
com diminuição da produção de ATP nos locais mais afetados pela doença e também uma diminuição de
fosfoetanolamina e etanolamina nestas regiões, substâncias que fazem parte da membrana celular e da membrana
mitocondrial e que estão diretamente envolvidas com a produção de ATP via cadeia respiratória mitocondrial.

Atualmente está em andamento trabalho piloto empregando a fosfoetanolamina e medidas nutricionais para aumentar a eficácia da fosforilação oxidativa

sopa mitocondrial:
riboflavina, nicotinamida, coenzimaQ10, vitamina C , vitamina K3, l-carnitina, l-taurina, magnésio, com resultado parcial muito animador.

fonte:
www.medicinacomplementar.com.br
======================================================


Deve-se evitar o uso de panelas de aluminio, com o uso constante ao longo dos anos, propicia a doença de alzheimer (medicina ortomolecular)
http://www.slideshare.net/severo/alzheimer-2390868

Segue abaixo traduçao de outro site, original em ingles

Lipoic ácido como um tratamento anti-inflamatório e neuroprotetor para a doença de Alzheimer
Adv Drug Deliv Rev. 2008 Oct-Nov; 60 (13-14) :1463-70
A Maczurek, Hager K, Kenklies M, Sharman M, Martins R, Engel J, Carlson DA, Münch G.
Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Western Sydney, Austrália.

Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que destrói a memória do paciente e da cognição, capacidade de comunicação com o meio social ea capacidade de realizar atividades diárias. Apesar de uma ampla pesquisa sobre a patogênese da AD, um tratamento neuroprotetor - particularmente para as fases iniciais da doença - ainda não disponível para uso clínico. Nesta revisão, nós avançamos a sugestão de que o ácido lipóico (AL), podem cumprir essa necessidade terapêutica. Um cofator natural para as enzimas mitocondriais piruvato desidrogenase e alfa-cetoglutarato desidrogenase, LA foi mostrado para ter uma variedade de propriedades que podem interferir na patogênese ou progressão da DA. Por exemplo, a produção aumenta LA acetilcolina (ACh) pela ativação da colina acetiltransferase e aumenta a absorção de glicose, fornecendo assim mais acetil-CoA para a produção de acetilcolina. LA quelatos de metais de transição redox-ativa, inibindo a formação de radicais hidroxila e também recolhe as espécies reativas de oxigênio (ROS), aumentando assim os níveis de glutationa reduzida. Além disso, LA down-regula a expressão de redox-sensíveis pró-proteínas inflamatórias, incluindo TNF e iNOS. Além disso, o LA pode varrer os produtos da peroxidação lipídica, tais como hidroxinonenal e acroleína. No plasma humano, LA existe um equilíbrio de livre e proteínas plasmáticas formulário vinculado. Até 150 mum, que é vinculada totalmente, o mais provável ligação com alta afinidade sítios ácidos graxos sobre a albumina, sugerindo que uma dose elevada e não contínuo em baixas doses (como previsto pela "liberação lenta" LA) será benéfica para a entrega dos LA para o cérebro. Evidência para um benefício clínico para LA na demência é ainda limitado. Existem apenas dois estudos publicados, em que 600 mg LA foi dada diariamente para 43 pacientes com DA (recebendo um tratamento padrão com inibidores da colina esterase) em um estudo aberto durante um período de observação de até 48 meses. Considerando que a melhoria em pacientes com demência moderada não foi significativa, a doença progrediu muito lentamente (mudança de ADAScog: 1,2 pontos = ano, MMSE: -0,6 pontos = ano) em pacientes com demência leve (ADAScog <15>
Dados da cultura de células e em modelos animais sugerem que o LA pode ser combinada com produtos nutracêuticos como a curcumina, (-) epigalocatequina-galato-(de chá verde) e docosahexaenóico (a partir de óleo de peixe) para diminuir sinergicamente estresse oxidativo, inflamação, os níveis de Abeta e Abeta carga de placa e, assim, fornecer um benefício combinado para o tratamento da DA.

Veja também
http://amigosdacura.ning.com/xn/detail/4269704:BlogPost:3229?xg_sou...
Exibições: 291
Comentar

Você precisa ser um membro de AMIGOS DA CURA para adicionar comentários!

Entrar em AMIGOS DA CURA
Comentário de Marta L. Gomes de Souza Parreira em 18 agosto 2011 às 2:23
quanto ao Mal de Alzheimer li em um site cientifico que cientistas estao trabalhando em uma tese para provarem que pessoas com a tal doença ,tem carencia quase total de iodo no organismo , e é justamente o iodo que faz com que novas pontes de dendritos  sejam construidas entre os neuronios e assim tenhamos as lembranças recentes sempre guardadas em nossas memorias.Pontes ja construidas de antigos Dendritos e axonios continuam presentes nessas pessoas , porque no passado produziam iodo normalmente ,e por isso as memorias antigas nao desaparecem, somente as novas, pois não produzem iodo suficiente para construirem essas pontes.E é justamente por isso que Omega 3 é excelente pra quem tem a doença, mas ainda nao é o sufiente para construirem as milhares  de pontes diarias .Por isso tais cientistas que defendem essa tese, alegam que é necessario tomarem iodo manipulado especificamente para tais areas cerebrais.
Os neurônios que constituem o sistema nervoso formam uma intrincada rede, comparável, em certos aspectos, ao sistema telefônico de uma grande cidade. A rede nervosa é formada pelos axônios e dendritos, que atuam como cabos de transmissão de impulsos nervosos, e por corpos celulares de neurônios, que atuam com estações de processamento e de transmissão de informações." Cientistas estimam que perdemos cerca de 100 mil neuronios por dia , mas as perdas sao compensadas pela construçao de novos dendritos , segundo esses pesquisadores.
"A capacidade de aprendizado do cérebro e sua resistência a panes locais resultam de um funcionamento coletivo e integrado dos neurônios, organizados em redes fortemente interconectadas. Prova disso é que o "desligamento" de certo número de neurônios ,não afeta o desempenho do conjunto (de uma pessoa normal)o que mostra que o cérebro é dotado de grande redundância. Disso tudo resulta uma imensa plasticidade, ou seja, capacidade de modificar-se em resposta a interferências provenientes do ambiente, desenvolvendo mecanismos compensatórios inacessíveis a um computador".

Portanto , quem nao quer ter esse mal, com teor de saudosimo, apelem para alimentos que contenham Omega 3,6 e 9 como peixes,  oleo de linhaça ,castanhas , azeites,vegetias de folhas verdes  escuras".
Peixes ricos em omega 3
Cavala
Arenque
Sardinha
Salmão
Atum
Bacalha                       
Comentário de Maurecir Mafra em 23 julho 2011 às 4:02

Traduzido pelo google, fonte:http://health.nytimes.com/health/guides/disease/alzheimers-disease/...

Prevenção

Embora não haja uma forma comprovada de evitar a AD, há algumas práticas que pode valer a pena incorporar em sua rotina diária, especialmente se você tiver uma história familiar de demência. Converse com seu médico sobre qualquer uma dessas abordagens, especialmente aquelas que envolvem a tomada de uma medicação ou suplemento.
  • Consumir uma dieta de baixa gordura.
  • Comer peixes de água fria (como o atum, salmão e cavala) ricos em ômega-3 os ácidos gordos, pelo menos 2 a 3 vezes por semana.
  • Reduzir a ingestão de ácido linoleico encontrado na margarina, manteiga e produtos lácteos.
  • Aumentar os antioxidantes, como carotenóides, vitamina E, vitamina C e por comer muitas frutas e verduras de cor escura.
  • Manter uma pressão arterial normal.
  • Permanecer mentalmente e socialmente ativo em toda a sua vida.

AD=doença de alzheimer

Comentário de Renato Meneguelo em 28 setembro 2010 às 21:11
A FOSFOETANOLAMINA está mais bem fundamentada no que diz respeito aos seus efeitos antitumorais do que no mal de alzheimer, como comprova os trabalhos do grupo de pesquisa da usp de são carlo e o grupo de bioquimica e biofisica do butantã, este trabalho piloto que o prof Felipe cita no texto ainda não deslanchou...........
Comentário de Maurecir Mafra em 9 abril 2010 às 23:54
Todas as pessoas acima de 50 anos, tem necessidade de suplementos de vitamina B 12, principalmente as que fizeram cirurgias de redução de estomago, ou retiraram parte do intestino, a não suplementação pode ocasionar leve demencia ou até antecipar o mal de alzheimer.
Poderá ser feita em farmacia de manipulação de preferencia a B 12 sublingual.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Gergelim pode prevenir câncer e mal de Alzheimer

Redação/RedeTV!

Vitamina E presente no gergelim pode combater o câncer (Foto: SXC)
Que o gergelim é uma delícia todo mundo sabe, mas acreditem: ele também faz bem à saúde.
O gergelim contém vários minerais, entre eles, o cálcio, o manganês, o ferro e o cobre. Ele também tem ação antioxidante, protegendo o organismo da ação dos radicais livres e evitando o aparecimento de câncer e de Alzheimer, devido à vitamina E.
E as vantagens do gergelim não param por aí! Por ser uma boa fonte de cálcio, auxilia na boa saúde óssea, no controle da pressão arterial e nas contrações musculares. A presença das fibras também regula o funcionamento do intestino e no controle do colesterol.
Outro benefício do gergelim é que ele é rico em lecitina, que melhora a atividade dos nervos, principalmente no cérebro. Que tal um lanche no pão com gergelim agora mesmo?

sábado, 22 de junho de 2013

Inflamação sangüínea desempenha papel na doença de Alzheimer

Inflamação sangüínea desempenha papel na doença de Alzheimer
Fonte: Neurology, 29/05/2007

Pessoas cujo sangue mostra sinais de inflamação têm maior chance de desenvolverem a doença de Alzheimer do que pessoas sem sinais de inflamação, de acordo com um artigo publicado.
O estudo, que é parte do maior Framingham Heart Study, envolveu 691 pessoas saudáveis com uma média de 79 anos de idade. Testes de sangue determinaram se os participantes tinham sinais de inflamação. Depois os participantes foram acompanhados por uma média de 7 anos. Durante esse tempo, 44 desses participantes desenvolveram a doença de Alzheimer.
O sangue dos participantes foi testado para níveis de citocinas, que são proteínas mensageiras que desencadeiam a inflamação. Aqueles com a maior quantidade de citocinas no sangue tinham mais que o dobro da probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer do que aqueles com quantidades menores de citocinas. Um total de 28% das mulheres e 30% dos homens tinha níveis altos de citocinas, correspondendo a 42% dos casos da doença de Alzheimer.
"Esses resultados fornecem evidências adicionais que a inflamação desempenha um papel no desenvolvimento da doença de Alzheimer," disse o autor do estudo Zaldy Tan, MD, MPH, da Harvard Medical School em Boston. "A produção dessas citocinas pode ser um marcador para risco futuro da doença de Alzheimer."

sexta-feira, 21 de junho de 2013

MAGNÉSIO E ALZHEIMER

Alguns factos são tão aterradores que as pessoas preferem ignora-los. Um estudo de opinião revela que a doença de Alzheimer é a segunda patologia mais temida... logo a seguir ao cancro. No entanto muitos cancros são curáveis, enquanto o Alzheimer mata insidiosamente cada uma das suas vítimas. Esta doença tem uma incidência aumentada exponencialmente à medida que envelhecemos. Aos oitenta anos é cerca de 30%. Se por um lado as probabilidades de desenvolver este tipo de demência se tornam elevadas, por outro lado há alguma razão para optimismo. Já se identificaram factores que aumentam o risco de Alzheimer, nomeadamente a resistência à insulina – considerando-se a doença de Alzheimer como a 3ª forma de diabetes - e a inflamação silenciosa cerebral. Nutrientes como a curcumina que anula a enzima infamatória 5-LOX, e o DHA que sendo um dos componentes do óleo de peixe é também estrutural em relação ao nosso cérebro ajudam a diminuir o risco de contrair esta doença. A perda de sinapses – ligações entre os neurónios – pode despoletar o aparecimento desta patologia demencial. O magnésio tem aqui um papel crucial pois ele é necessário a mais do que 300 reacções bioquímicas corporais. Ele mantêm os músculos e nervos com uma função normal, mantém o ritmo cardíaco bem como a saúde óssea. Também ajuda a regular o açúcar sanguíneo, a tensão arterial, e está ligado à produção de energia celular. Outros nutrientes suplementares são a EGCG (principal activo do chá verde), o ácido alfa-lipoico, a NAC (n-acetilcisteína), a vitamina C, o ácido fólico e o complexo B. A imagem de marca desta patologia – deposição de substância beta-amiloide em placas cerebrais – diminui após a suplementação com os referidos nutrientes. Nunca esqueçam o poder do exercício físico nomeadamente cardio, pois já foi demonstrado o rejuvenescimento cerebral após suplementação com o ómega-3 DHA e marcha vigorosa.
 
publicado por Anti-Envelhecimento às 13:32

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A cura da doença de Alzheimer

publicado em tecnologia por |
 
Alzheimer Cura Doenca medicina
Alguns especialista estão a testar uma nova droga que poderá ter a capacidade de reverter todos os sintomas da doença de Alzheimer em apenas alguns minutos. Cientistas ingleses dizem que é ainda cedo para que se possam tirar grandes conclusões, uma vez que os testes somente foram feitos num reduzido número de portadores da doença, e não podem ainda ser generalizados ou encarados como uma cura de facto eficiente.
O tratamento envolve a injecção de uma droga chamada Enbrel - que normalmente é utilizada no tratamento da artrite - na coluna, junto ao pescoço. A actuação da droga passa pelo bloqueio de um químico responsável pela inflamação. Pelo menos um dos doentes que foi tratado com este composto viu os sintomas completamente revertidos em apenas alguns minutos, enquanto outros melhoraram substancialmente na incapacidade de memorização de factos recentes, com a administração de injecções semanais.
Diversos artigos saíram já nos media sobre este assunto. Para quem possui a infelicidade de contactar de perto com esta terrível doença, fica mais alguma esperança.


Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2008/04/a_cura_da_doenc.html#ixzz2WiWiKfEx

terça-feira, 18 de junho de 2013

Alzheimer: Histórico e conceito


A doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer ao fazer uma autópsia, descobriu no cérebro do morto, lesões que ninguém nunca tinha visto antes. Tratava-se de um problema de dentro dos neurônios (as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro, e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras.
A Doença de Alzheimer, também conhecida como demência é a mais comum patologia que cursa com deência e erroneamente conhecida pela população como "esclerose" ou caduquice. É uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro.
A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, incapacidade de raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço.
A doença faz diminuir a capacidade da pessoa de se cuidar (da higiene, do vestuário, de gerir sua vida emocional e profissional) não sabendo escrever e nem fazer contas simples e elementares.
A doença de Alzheimer não é infecciosa nem contagiosa. É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo, a causa de morte mais freqüente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões

Comparação do cérebro normal com um cerébro com Alzheimer
Fatores de risco
Uma combinação de fatores pode causar o desencadeamento:
Idade: quanto mais avançada a idade, maior a porcentagem de idosos com demência. Aos 65 anos, a cifra é de 2-3% dos idosos, chegando à 40%, quando se chega acima de 85-90 anos!
Idade Materna: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais tendência à problemas demenciais na terceira idade.
Sexo: Alguns estudos têm sugerido que a doença afecta mais as mulheres do que os homens. No entanto, isto pode ser induzir em erro, porque as mulheres, enquanto grupo, vivem mais tempo do que os homens. Isto significa que se os homens vivessem tanto tempo como as mulheres, e não morressem de outras doenças, o número afectado pela doença de Alzheimer seria sensivelmente igual ao das mulheres.
Fatores genéticos/hereditariedade: Para um número extremamente limitado de famílias, a doença de Alzheimer é uma disfunção genética . Os membros dessas famílias herdam de um dos pais a parte do DNA (a configuração genética) que provoca a doença. Em média, metade das crianças de um pai afectado vai desenvolver a doença. Para os membros dessas famílias que desenvolvem a doença de Alzheimer, a idade de incidência costuma ser relativamente baixa, normalmente entre os 35 e os 60. A incidência é razoavelmente constante dentro da família.
Descobriu-se uma ligação entre o cromossoma 21 e a doença de Alzheimer.
Uma vez que a síndrome de Down é causada por uma anomalia neste cromossoma, muitas crianças com a síndrome de Down virão a desenvolver a doença de Alzheimer, se alcançarem a idade média, apesar de não manifestarem todo o tipo de sintomas.
Traumatismos cranianos: Tem sido referido que uma pessoa que tenha sofrido um traumatismo craniano severo corre o risco de desenvolver doença de Alzheimer. O risco torna-se maior se, na altura da lesão, a pessoa tiver mais de 50 anos, tiver um gene específico (apoE4) e tiver perdido os sentidos logo após o acidente.
Outros factores: Não se chegou ainda à conclusão se um determinado grupo de pessoas, em particular, é mais ou menos propenso à doença de Alzheimer. Raça, profissão, situações geográficas e socio-econômicas, não determinam a doença. No entanto, há já muitos dados que sugerem que pessoas com um elevado nível de educação tenham um risco menor do que as que possuem um nível baixo de educação.
Causa
A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida. Existem várias teorias, porém, de concreto aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).
Sintomas
Podemos dividir a doenças em três fases: inicial; intermediário e terminal

Fase inicial

A doença começa, geralmente, entre os 40 e 90 anos. No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceitos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que vão agravando gradualmente. Consciente destes esquecimentos, o indivíduo pode se tornar confusos e por vezes agressivos causando mudanças de humor, de personalidade, distúrbios de conduta e chegando até não conhecer a si mesmo diante do espelho gerando um quadro de ansiedade e depressão.
Ocorre a perda da memória recente, dificuldade para aprender e reter novas informações, distúrbios de linguagem, dificuldade progressiva para as tarefas da vida diária, falta de cuidado com a aparência pessoal, irritabilidade, desorientação. Nesta fase os pacientes ainda apresentam boa qualidade de vida social, permanecendo alerta.

Fase intermediária

O paciente é completamente incapaz de aprender e reter novas informações. A pessoa se torna cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares do cotidiano como alimentação, higiene, vestuário, etc.. Inicia perda do controle da bexiga (incontinência).

Fase final

O paciente está totalmente incapaz de andar (restrito ao leito), não fala mais, risco de pneumonia, desnutrição e úlceras por ficar deitado. Perda do controle da bexiga e do intestino (incontinência); dificuldades para engolir alimentos, evoluindo para uso de sonda enteral ou gastrostomia (sonda do estômago).
Na maioria das vezes a causa da morte não tem relação com a Doença, mas sim com outros fatores ligados à idade avançada.
Diagnóstico
Não há um teste específico que estabeleça de modo inquestionável a doença. O diagnóstico certo da DA só pode ser feito por exame do tecido cerebral obtido por biópsia ou necropsia. Deste modo, o diagnostico de provável DA é feito excluindo outras causas de demência pela história (depressão, perda de memória associada a idade), exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina b), tomografia ou ressonância (múltiplos infartos, hidrocefalia) e outros exames. Existem alguns marcadores, geralmente identificados a partir de exame de sangue, como a apolipoproteina E (APOE), cujos resultados podem mostrar chance aumentada de DA e são úteis em pesquisa, mas não servem para diagnóstico individual. É claro que isso não impede que marcadores mais sensíveis venham a surgir no futuro.
Tratamento
O tratamento da DA tem dois aspectos: um inespecífico, por exemplo, de alterações de comportamento como agitação e agressividade, do humor como depressão, que não deve ser feito apenas com medicação mas também com orientação por diferentes profissionais da saúde. O tratamento específico é feito com drogas que podem corrigir o desequilíbrio químico no cérebro como a Tacrina, Donepezil, Rivastiigmina, Metrifonato, Galantamina, ext. este tratamento funciona melhor na fase inicial da doença e o efeito é temporário, pois a DA continua progredindo.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Novo tratamento para doenças de Alzheimer e Huntington

Novo tratamento para doenças de Alzheimer e Huntington
Baseia-se na abordagem da via de Beta-amilóide.

Comentários de J. C. Spencer

Livrar o cérebro de placas amilóides tóxicos é visto como um alvo chave em retardar o curso da doença de Alzheimer. A amilóide via é na doença de ALZHEIMER de marca principal a. Aqui estão dois artigos que tratam a doença de Alzheimer, Huntington e a via de beta-amilóide. WHATEVER WORKS é o que as famílias com a doença de Alzheimer ou Huntington Membros querem ver. Pesquisa concluiu que o problema. Jogar bilhões de dólares, o problema pode não ser a solução, mas os cientistas estão tentando. Parte do problema é que todas as drogas, independentemente da esperança pode ajudar, adiciona mais toxinas no corpo.

Entretanto, sugiro que procure em redução de custos de saúde comutando fora açúcar regular com um glyconutrient chamado trealose. O primeiro artigo abaixo é sobre a GSK pagando US $28,5 milhões na frente por uma dose de vacina que pode ajudar a resolver o desafio de beta-amilóide. O segundo artigo é um resumo de um artigo publicado, mostrando que a trealose de açúcar pode ter a resposta para a doença de Alzheimer e Huntington, abordando o desafio de beta-amilóide.
- - - - - - - - - - - - - - - - -
24 De outubro de 2008
GSK paga Affiris $28 M na frente no negócio de vacina contra a doença de Alzheimer
(Hoje BioWorld Via adquirir NewsEdge de mídia) GlaxoSmithKline Biologicals SA, de Rixensart, Bélgica e Affiris GmbH assinou um acordo de colaboração, concessão de direitos exclusivos da GSK para doença de Alzheimer vacina programas na Affiris da via de beta-amilóide.
Nos termos, baseado em Viena, Áustria Affiris receberá um pagamento antecipado de 22,5 milhões (US$ 28,5 milhões) e poderiam ser elegíveis para pagamentos futuros Marco e royalties. O valor potencial total do acordo pode chegar a 430 milhões em caso de sucesso comercial completa de vacinas do candidato.
Como parte do acordo, a GSK está adquirindo direitos exclusivos para desenvolver e comercializar dois candidatos de vacina contra a doença de Alzheimer que baseiam-se na tecnologia de Affitope de Affiris e está em fase I desenvolvimento. Affiris também está concedendo GSK uma opção exclusiva para desenvolver e comercializar candidatos vacinais alternativos a doença de Alzheimer, que estão em desenvolvimento pré-clínico. O acordo está sujeito à aprovação do governo, disse GSK.
Livrar o cérebro de placas amilóides tóxicos é visto como um alvo chave em retardar o curso da doença de Alzheimer. Como porta-voz da GSK Sarah Alspach colocá-lo, o caminho de amilóide é "a marca principal da doença de Alzheimer" e, portanto, um alvo atraente para novas abordagens terapêuticas.
Nitasha Manchanda, analista da decisão recursos, ofereceu uma visão mais moderada, dizendo que é "ainda não muito clara se este é o melhor destino." Mas ela também é "muito cedo para descartar este como uma abordagem significativa", disse BioWorld hoje.

Embora amilóide continua a ser um alvo de drogas altamente touted para doença de Alzheimer, tem demonstrado resultados sem brilho em alguns estudos recentes, incluindo um ensaio de fase III de Flurizan baseada em Salt Lake City Myriad Genetics Inc; um estudo de fase II de bapineuzumab (AAb-001) de parceiros com base em Dublin, Irlanda Elan Corp plc e baseada em Madison, New Jersey Wyeth; e uma fase III estudo de Alzhemed de canadense Neurochem Inc. (consulte BioWorld hoje, 28 de agosto de 2007, 31 de julho de 2008 e 21 de agosto de 2008.)

Apesar desses contratempos recentes, as companhias farmacêuticas continuam a mostrar interesse em uma variedade de abordagens para a luta contra a doença de Alzheimer. Por exemplo, Pfizer Inc. recentemente pagou US $225 milhões na frente para desenvolver e comercializar o Dimebon, droga de experimental da empresa de biotecnologia para a doença de Alzheimer e Huntington, Inc. de Medivation. Dimebon (dimebolin) acredita-se para o trabalho, melhorando a função mitocondrial prejudicada na doença de Alzheimer. (Consulte BioWorld hoje, 31 de julho de 2008 e 4 de setembro de 2008).

Em agosto, o alemão farmacêutica Boehringer Ingelheim GmbH e belga Ablynx NV estendido colaboração de desenvolvimento de drogas a sua doença de Alzheimer por mais um ano. Boehringer também assinou um acordo com Evotec AG, de Hamburgo, na Alemanha, em conjunto, identificar novos alvos no tratamento da doença de Alzheimer.

No início deste ano, CoMentis Inc. entrou em um acordo de US $760 milhões com a Astellas Pharma Inc. japonesa, para desenvolver um composto para a doença de Alzheimer. E outra farmacêutica japonesa, Eisai co. Ltd., tem um negócio de 2007 com TorreyPines Therapeutics Inc., para descobrir os destinos para a doença.

Em um negócio de 2007 com Coley farmacêutica Group Inc., Merck & Co. pagado US $4 milhões na frente dos direitos à tecnologia de Coley VaxImmune para usam no desenvolvimento de vacinas para doenças infecciosas e a doença de Alzheimer.

Elan e Wyeth ACC001 é os mais distantes à frente entre aqueles buscando uma terapia imunológica para doença de Alzheimer, disse Matos. Mas que programa é uma vacina ativa, e não está claro se um anticorpo ativo teria um efeito mais duradouro, ela acrescentou.

Que poderia ser um problema se a terapia faz com que uma reação adversa, e precisa de tratamento deve ser interrompido.

Em contraste, Matos disse que vacinas passivas como aqueles que estão sendo desenvolvidos por Affiris teria que ser reinjetado nos pacientes para manter beta-amilóide na baía. Assim, a vacina passiva pode ser mais segura do que o ativo, porque se um paciente apresenta uma reação, o tratamento poderia ser parado, ela explicou.

Ensaios clínicos na Elan e Wyeth AN-1792, uma forma sintética do peptídeo beta-amilóide, foram suspensas em 2002, quando os sinais clínicos compatíveis com encefalite foram relatados em quatro pacientes. Desenvolvimento de empresas vacina ACC-011 Alzheimer foi interrompida devido a um paciente desenvolver lesões de pele, identificadas como um caso de suspeito de vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), embora o estudo, mais tarde, foi reiniciado. (Consulte BioWorld hoje, 21 de abril de 2008).

Enquanto várias outras abordagens terapêuticas estão sendo perseguidas na doença de Alzheimer como programas baseados em tau, Matos disse que ela acredita que amilóide pode ser "a melhor aposta" para as empresas farmacêuticas, à procura de drogas potenciais novos a doença de Alzheimer. Programas baseados em Tau, como os da TauRx Therapeutics Ltd. e Allon Therapeutics Inc., estão em estágios iniciais, e será um tempo antes que eles atinjam o estágio crucial, disse ela.

Outras terapias, como Dimebon dos Medivations, estão sendo desenvolvidas para melhorar a cognição, mas não podem tratar a doença subjacente, disse Matos.

Ainda outras empresas como baseados em Winston Salem Targacept Inc e londrino AstraZeneca plc cada ter produtos em desenvolvimento, cujas funções são semelhantes dos inibidores da colinesterase aprovado mas os receptores alvo diferentes do cérebro.

Doença de Alzheimer afeta mais de 26 milhões de pessoas no mundo, criando um mercado de US $4 bilhões.

Atualmente disponíveis drogas - Aricept (donepezil, Pfizer), Exelon (Rivastigmina, Novartis AG), Cognex (tacrina, primeiro Horizonte farmacêutica Corp), Reminyl (galantamine, Shire Pharmaceuticals Group plc) e Namenda (memantine, Forest Laboratories Inc.) - aumentar a memória e cognição, mas não podem retardar o curso da doença.

http://www.tmcnet.com/usubmit/-GSK-Pays-affiris-28m-up-front-Alzheimers-Vaccine-/2008/10/24/3731992.htm
- - - - - - - - - - - - - - - - - -
Trealose diferencialmente inibe a agregação e neurotoxicidade da beta-amilóide, 40 e 42.
Liu R, Barkhordarian H, Teixeira S, Parque CB, Sierks Senhor.
Departamento de química e de materiais de engenharia, Universidade do estado do Arizona, caixa 876006, Tempe, AZ 85287-6006, EUA.
Um evento-chave na patogênese da doença de Alzheimer (AD) é a conversão do peptídeo beta-amilóide (Abeta) de sua forma monomérica solúvel em diversas morfologias agregadas no cérebro. Impedindo a agregação da Abeta está sendo ativamente perseguido como uma estratégia terapêutica primária no tratamento de AD.

A trealose é um dissacarídeo simples, tem demonstrada ser eficaz em impedir a desativação de inúmeras proteínas e proteger as células contra o stress. Aqui, nós mostramos que a trealose é também eficaz na inibição da agregação de Abeta e reduzindo sua citotoxicidade, embora ele mostra efeitos diferenciais em direção a Abeta40 e Abeta42. Quando co-incubated com Abeta40, trealose inibe a formação de morfologias fibrillar e oligoméricas, conforme determinado pela coloração de fluorescência e microscopia de força atômica (AFM). No entanto, quando co-incubated com Abeta42, trealose inibe a formação apenas da morfologia fibrillar, com significativa formação oligoméricas ainda presente. Quando misturas de agregados foram incubadas com SH-SY5Y células, a trealose foi mostrada para reduzir a toxicidade de misturas de Abeta40, mas não Abeta42.

Estes resultados fornecem evidência adicional que agregação da Abeta em formas oligoméricas solúveis é uma etapa patológica no anúncio e que Abeta42 é mais suscetível à formação desses oligômeros tóxicos do que Abeta40. Estes resultados sugerem também que o uso de trealose, um açúcar altamente solúvel, baixos preços, como parte de um coquetel terapêutico potencial para controle de agregação de peptídeo Abeta e toxicidade, merece um estudo mais aprofundado.

Última actualização (2 de dezembro de 2008 às 11:22)

domingo, 16 de junho de 2013


Pesquisadores britânicos descobriram que extratos dessas bebidas interromperam um dos caminhos que desencadeiam o avanço da doença

chá verde
Chá verde: A partir do extrato da bebida, pesquisadores conseguiram barrar, em testes de laboratório, um dos caminhos que levam ao Alzheimer (Thinkstock)
Substâncias presentes no chá verde e no vinho tinto têm o potencial de interromper um dos fatores responsáveis por desencadear a doença de Alzheimer, revelou um novo estudo da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha. A partir de testes feitos em laboratórios, os autores da pesquisa descobriram que a EGCG, uma enzima encontrada no chá, e o resveratrol, presente no vinho, impedem que a proteína beta-amiloide, associada à doença, se ligue às células nervosas do cérebro e provoque a morte delas. Esses achados foram publicados nesta terça-feira no periódico The Journal of Biological Chemistry.

Conheça a pesquisa

TÍTULO ORIGINAL: Prion protein-mediated toxicity of amyloid-β oligomers requires lipid rafts and the transmembrane LRP1
ONDE FOI DIVULGADA: periódico The Journal of Biological Chemistry
QUEM FEZ: Jo V. Rushworth, Heledd H. Griffiths, Nicole T. Watt and Nigel M. Hooper
INSTITUIÇÃO: Universidade de Leeds, Grã-Bretanha
RESULTADO: Uma enzima presente no chá verde (EGCG) e o resveratrol, composto encontrado no vinho tinto, são capazes de alterar a forma do aglomerado da proteína beta-amiloide, que é responsável por se ligar às células nervosas do cérebro, danificá-las e até matá-las, caracterizando a doença de Alzheimer. No entanto, deformados, esses aglomerados se tornam incapazes de se ligarem às células nervosas e, portanto, de prejudicá-las.
A doença de Alzheimer é caracterizada por uma acumulação anormal da proteína beta-amoloide no cérebro. Juntas, essas proteínas formam um aglomerado tóxico e pegajoso que se liga a proteínas presentes na superfície das células nervosas do cérebro, podendo prejudicar o funcionamento dessas células e até leva-las à morte. Nessa nova pesquisa, a equipe de especialistas investigou se o formato desses aglomerados — se em formato esférico preciso ou sem forma definida, por exemplo — interfere na capacidade de eles se encaixarem nas proteínas das células nervosas.
Estudos anteriores já haviam indicado que uma enzima encontrada no chá verde e o resveratrol, composto presente no vinho tinto, têm a capacidade de alterar a forma da beta-amiloide.
A partir desse dado, os cientistas formaram, em laboratório, aglomerados de beta-amiloide e juntaram essa substância a células cerebrais de humanos e de animais. Depois, a equipe adicionou extratos de vinho tinto e de chá verde em algumas dessas células. Segundo os autores, quando as substâncias dessas bebidas foram adicionadas às células, o formato do aglomerado de proteínas beta-amiloide de fato se alterou. Além disso, eles observaram que, com a forma distorcida, o grupo de beta-amoloide não foi capaz de se ligar às proteínas da superfície das células nervosas e, assim, não danificaram tais células.
"Esse é um passo importante para aumentar nossa compreensão sobre a causa e a progressão da doença de Alzheimer", diz Nigel Hooper, coordenador do estudo. "Não devemos pensar no Alzheimer como parte natural do envelhecimento, mas sim como uma doença para a qual acreditamos que um dia haverá cura. E é por meio de novas pesquisas como essa que desenvolveremos medicamentos capazes de barrar a doença.”
Leia também: 
Chá verde ajuda na prevenção contra Alzheimer e câncer
Mutação aumenta risco de Alzheimer em até cinco vezesPesquisas buscam novas armas contra o Alzheimer