da Folha Online
da Efe, em Seul
A Agência Nacional de Inteligência da Coreia do Sul divulgou nesta sexta-feira que rastreou ataques cibernéticos originários de 16 países contra os sites do governo, nesta semana. Em nota, o Departamento de Inteligência do país disse acreditar que os ataques tenham sido realizados com ajuda do regime comunista da Coreia do Norte.
Cerca de 25 sites foram alvo de ataques na noite de terça-feira, deixando-os fora de serviço por cerca de quatro horas, segundo a imprensa local.
Nos Estados Unidos, dezenas de sites, entre eles os da Casa Branca e do Pentágono, foram visados no fim de semana em que foi comemorada a independência americana, revelaram nesta quarta-feira especialistas em segurança na informática.
"Foi um ataque em massa", disse Johannes Ullrich, chefe de tecnologia em informática do centro privado SANS Internet Storm Center. "Nada de muito sofisticado, mas [...] fizeram com que os sistemas entrassem em colapso."
Os prejuízos foram muito mais sérios na Coreia do Sul, onde vários sites, principalmente os da presidência e da Defesa, foram atingidos na noite de terça-feira.
Entre os países registrados na lista de suspeitos estão a própria Coreia do Sul e EUA, junto a outros como o Japão e a Guatemala. Para o governo sul-coreano, a suspeita é de que piratas virtuais de Pyongyang ou simpatizantes do regime comunista tenham ajudado nesses ciberataques.
Origem do ataque
A Coreia do Norte poderia estar por trás de uma série de ciberataques que visaram os sites oficiais sul-coreanos. Segundo o serviço secreto sul-coreano, 12 mil computadores particulares na Coreia do Sul e 8.000 no exterior foram utilizados para lançar a ação.
O clima de tensão entre as duas Coreias ficou particularmente agudo depois que o regime norte-coreano realizou seu segundo teste nuclear no dia 25 de maio, condenado pela ONU, seguido, depois, do lançamento de uma série de mísseis de curto alcance e do anúncio de que estaria desvinculada do armistício de 1953 que pôs fim à guerra da Coreia.
Os últimos indícios, que chegam depois que na quarta-feira Seul divulgou sua suspeita de que os ataques foram obra de Pyongyang, são baseadas em declarações recentes do regime comunista.
A Coreia do Norte advertiu no mês passado sobre uma guerra cibernética, na qual muitos de seus alvos seriam sites "conservadores". Em 27 de junho, o governo comunista anunciou que o regime do ditador Kim Jong-il estava "totalmente preparado para qualquer forma de guerra de alta tecnologia".
Mês passado, o Pentágono anunciou a criação de um comando militar encarregado de reagir a ataques no setor de informática. O novo "cyber-comando", sob a autoridade do Comando Estratégico americano (Stratcom), entrará em operação a partir do outono.
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